quinta-feira, 24 de novembro de 2011


Os autores são considerados grandes pensadores políticos cada qual com suas influencias e contextos políticos diversos.Apesar de ambos escrverem na Inglaterra e da proximidade temporal entre os textos apenas quarnta anos os separam há um direcionamento político completamente diverso entre os autores.

ILUMINISMOessa
                        
Um dos principais aspectos que definem o iluminismo consiste na utilização da razão como instrumento de libertação do homem, submetido principalmente ao julgo dos dogmas religiosos e a tirania dos governos essa orientação geral pode ser percebida por meio da analise de duas frases:uma do filosofo alemão Immanuel Kant e outra que aparece em diversos compêndios do século XVIII.Esta  ultima  é comumente atribuída a Diderot e Voltaire  , mas sua autoria tem sido conferida ao padre francês Jean Meslier.
‘A nossa época é a época da critica a qual tudo tem que se submeter. A religião pela sua santidade e a legislação pela sua majestade, querem igualmente subtrair – se a ela . Mas então suscitam contra elas justificadas suspeitas e não podem aspirar ao sincero respeito que a razão só concede a quem pode sustentar o seu livre publico exame.’

KANT,Immanuel.

‘ Eu gostaria e este será o ultimo e o mais ardente de meus desejos eu gostaria que o ultimo dos reis fosse enforcado com as tripas do ultimo padre.

INDEPENDENCIA DOS ESTADOS UNIDOS

CERCAMENTOS E MISERIA SOCIAL

‘ No século XVII, intensifica- se de cercamentos que tinham se iniciado no final da idade media.as velhas terras comuns e os campos  abertos indispensáveis  a sobrevivência dos camponeses estavam sendo cercados e vendidos pelos proprietários principalmente em função do progresso de criação de ovelhas.O capitalismo avançava sobre o campo e o desencvolvimento da propriedade privada excluía muitos trabalhadores. Para diversos camponeses o fim dasa terras comuns foi também o fim da vida no campo . O êxodo rural cresce consideravelmente.As cidades inglesas aumentam e o numero de pobres nelas é grande.

Intereses mercantis

‘Das terras espanholas começavam a chegar noticias crescentes de muita riqueza , como o ouro e a prata retirados do méxico e do peru . A América cada vez mais passa a ser vista como um lugar de muitos recursos e de possibilidades econômicas . Comerciantes e acventureiros , a coroa inglesa e pessoas comuns nas ilhas britânicas agitam – se com essas noticias.’

Perseguições religiosas

‘As perseguições religiosas que marcaram o período também estimularam muitos grupos minoritários como os Quakers, a se refugiarem na américa.’
‘A perseguição religiosa era uma constante na Inglaterra dos séculos XVI e XVII.A América seria um refugio também para esses grupos religiosos perseguido.’

Guerras civis e com estrangeiros

‘A política inglesa do século XVII comnvive com [..] os jogos de poder e a luta  pelo mundo.A dinastia Stuart ao tentar governar sem a rédea do parlamento entra em colisão com uma parte da sociedade da ilha.Estoura a guerra civil e a revolução puritana. O novo líder da Inglaterra Cromwell manda matar Carlos I.[...] Ao matarem Carlos I ingleses  estavam declarando : os reis devem servir a nação e não o contrario.’

Declaração da independência

‘quando no curso dos acontecimentos humanos se torna necessário um, povo dissolver laços políticos que o ligavam a outro e assumir entre os poderes da Terra posição igual e separada q que lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus da natureza, respeito digno as opiniões dos homens  exige que se declarem as causas que os levam a essa separação.
Consideramos estas verdade como evidentes por si mesmas que todos os homens fo ram criados iguais foram dotados pelo criador de certos direitos inalienáveis entre os homens derivando seus justos poderes do consentimento dos governadores que sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins cabe ao povo o direito de altera- la ou aboli-la e instituir novo governo baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade[...].


A constituição dos Estados Unidos da América

(preâmbulo) ‘Nos o povo dos EUA a fim de formar uma união mais perfeita estabelecer a justiça e assegurar a tranqüilidade interna , prover a defesa comum promover o bem estar geral e garantir para nos a para os nossos descendentes os benefícios da liberdade ,promulgamos e estabelecemos esta constituição para os estado unidos da américa.
 (emenda 1)
O conmgresso não legislará no sentido  de estabelecer uma religião ouproibindo o livre exercício dos cultos ou cercando a liberdade de palavra ou de imprensa ou o direito do povo de se reunir pacificamente  e de fdirigir ao governo petições para a reparação de seus agravos[...].

Apostila de historia volume 3
Situação de aprendizagem 1
Revolução francesa  e império napolitano

A revolução  assinalada  a elevação da sociedade burgusa e captalista na historia da  França . sua característica essencial é ter realizado a unidade nacional do pais por meio de destruição do regime senhoruial e das oprdens feudais privilegiadas [...]. O fato de ter chegado finalmente ao estabelecimento de uma democracia liberal particularizadas ainda a sua significação histórica.deste duplo ponto de vista e sob o ângulo da historia mundial ela merece ser considerada o modelo clássico da revolução burguesa.’
Pode dizer-se que o único hroi da revolução francesa é o povo francês. É ele que tem a intuição genial de  tudo que derruba a bastilha que institui o terror que vence a coligação estrangeira que frusta as conspirações [...]que vence a monarquia [...]que abate os girondinos[...]que domina a convenção[...]

Revolução Inglesa – ‘hobbes e Locke’

Texto 1
‘E nele [no rei] consiste a essência do bem comum ;que, para definir – se é: uma pessoa , que cujos atos uma grande massa, por meio de contratos uns com os outros, fizeram de cada um, o autor para o fim de poder usar a força e os meios de todos eles , porque ele concebera os recursos para sua paz e defesa comum . e aquele que carrega esta pessoa é chamado de soberano , e diz – se possuir força soberana ; e todos os outros  ao redor seus súditos. Aconquista dest força soberana  se da de diuas maneiras . Uma pela força natural : como quando um homem faz com que seus filhos , e os filhos destes , se submetam a esse governo podendo ser capaz  de destruí- los casi se recusem ou por meio da guerra sebmetendo seus inimigos a sua vontade dando a eles em troca duas vidas.

HOBBES,Thomas.

Texto 2

‘Para este propósito eu acho que não devemos deixar de definir o que eu penso ser o poder político que o poder político que  o poder do magistrado sobre seu súdito seja diferenciado daquele de um pai  sobre suas crianças , um mestrew  sobre servos , um marido sobre sua esposa e um senhor sobre seus e scravos.[...]
Portanto acredito ser o poder político o direito de fazer leis coom pena  de morte , e conseqüentemente todas as outras menores penalidades , para regulamentação e preservação da propriedade , empregando a força da comunidade na execução de tais  leis e na defesa do estado de invasões estrangeiras com o intuito do bem comum.’

LOCKE,John.

Duas importantes obras renascentistas marcaram as mentalidades de sua época: o  príncipe, de Nicolau Maquiavel, e a utopia de Thomas Morus. Mas será que as pessoas que viviam distantes das discussões dos círculos intelectuais foram influenciadas por elas? O que caracteriza a mentalidade de uma época?
As duas obras citadas contribuíram e discutiram idealizações  políticas ,sociais e culturais.

Apostila de historia 2ª serie volume 2

Quando observamos o quadro lingüístico atual das américas, conseguimos um bom paniorama de seu passado colonial.As metrópoles coloniais tranportaram parte de seus valores para o Novo Mundo, e suas línguas também incluíram-se nessa transposição.Apesar de a maioria dos paises americanos considerar somente  uma linguia como oficial normalmente  uropéia, emalgumas regiões existem mais de 70 linguas indígenas?Segundo a Cambride encyclopedia
Of language, são mais de 500 linguas indígenas na américa do sul, varias delas em extinção. Porque apesar da enorme quantidade , as línguas indígenas estão desaparecendo ? Porque a língua espanhola predominou no continente américa e porque o português ficou concenrtado no Brasil.


28:Comcluimos , pois, que o homem é justificado pela fé , sem as obras da lei.’
Carta aos romanos cap. 3 versiculo 28.
       

’43: Deve –se ensinar aos cristãos que, dando as pobres ou empregando ai necessitado, procedem melhor do que se comprassem indulgências[...]’

’46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não tiverem bens em abundancia devem conservar o que é necessário para sua casa de forma alguma desperdiçar dinheiro com indulgências.

Debate para o esclarecimento do valor das indulgências pelo doutor Martinho Lutero, 31 d e outubro de 1517.

A igreja reagiu aos textos de Lutero e à  onda de questionamentos que se formou após a propagação de suas idéias. Lutero foi excomungado em 152, e durante o Concílio de Trento, realizado entre 1545 e 1563, a igreja romana afirmou:

‘ 989. Tendo recebido de cristo o poder de conferir  Indulgências , já nos tempos antiqüíssimos usou a igreja deste poder , que divinamente lhe fora doado (cfr. Mt 16, 19; 18 , 18). Por isso ensina e ordena o sacro Concìlio que se deve manter na igreja o uso das indulgências, alias muito salutar para o povo cristão, e aprovado pela  autoridade dos sacros Concílios, condenando como excomungados os que afirmem serem as indulgências inúteis bem como os que negarem a igreja o poder de concedê-las.

Resolução do Concílio Ecumênico de Trento.

‘ A reforma protestante foi oriunda, em certa medida, de uma profunda fermentação escatológica e, em seguida, contribuiu para aumentá-la.Parece – me que essa ‘espera de Deus’ foi particularmente forte na Alemanha do século XVI onde, em um clima de ansiedade, as conjunções de planetas em 1525 criaram um pânico coletivo, alarmando Lutero e Durer.

Apostila de historia 2ª serie volume 1


Apostila de historia 2ª serie volume 1


As pinturas esculturas que retratam pessoas e ambientar foram profundamente alteradas pelo racionalismo, pelo antropocentrismo e pela recuperação do pensamento greco – romano. A representação do espaço foi racionalizada pela perspectiva matemática e a maneira como os artistas passaram a pintar e a reproduzir o que nunca mais foi à mesma. Há possibilidade de outras áreas do pensamento ocidental terem sofrido as mesmas influencias?

Os protestantes surgiram no século XVI durante a reforma religiosa.Atualmente estão presentes em diferentes regiões do Brasil e possuem diversas igrejas e tendências variadas.
A reforma religiosa se deu em torno da figura de  Martinho Lutero que se revoltou contra a cobrança de indulgências pela igreja católica. O contexto da reforma foi muito intenso. Quebra de paradigmas e mudança de mentalidade influenciaram o pensamento de Lutero e de seus contemporâneos.Falava-se ate mesmo em fim do mundo. Da chegada do apocalipse, conforme se pode notar no seguinte texto do Cônego de Langres :

‘ Agora, portanto, digo que estamos no momento e nos aproximamos da futura renovação do mundo, ou de uma grande alteração ou de sua aniquilação.’

sábado, 19 de novembro de 2011

Resumo do livro Germinal


Esta obra relata a realidade dos operários franceses, nas minas de carvão, no final do século XIX. A vinda de um novo operário Etienne, muda o cenário nas minas de carvão. Ele se depara com o velho "Boa Morte", apelido dado ao velho Vincent Maheu, por ter sobrevivido há 3 acidentes na mina. Este senhor está com 58 anos, sendo que trabalha na mina desde seus 8 anos. "Boa Morte", tosse muito, tendo sua saúde totalmente debilitada. Toda sua família trabalha nas minas de carvão, sendo uma "tradição" da família Maheu: o avô do velho Vincent, Guillaume Maheu, começou com quinze anos; depois seu pai, Nicolas Maheu, que morrera com quarenta e dois anos soterrado pelas rochas, ele desde seus oito anos, seu filho Toussaint "Maheu" com sua família (netos do velho). Etienne se surpreende com o processo da produção, com as precariedades das condições de trabalho, miséria e exploração. Maheu, um dos trabalhadores mais antigo e respeitado, consegue vaga para ele, uma vez que uma operária havia falecido Fleurance. Aqui, todos os membros das famílias trabalham (das crianças aos idosos), sendo que o número de salários por pessoa garante o sustento de toda família. Assim, quando alguém morre ou deixa a família é necessário substituí-la imediatamente, para não baixar a renda familiar. Na família de Maheu só os pequenos não trabalham (Lénore, 6anos; Henri, 4anos, Alzire, 9anos, por ser enferma) e sua esposa, a qual fica em casa cuidando de Estelle, três meses. Os filhos maiores todos descem nas minas: Catherine de 15; Jealin de 14, e Zacharie de 21 anos. "E a mulher de Maheu continuou a lamentar-se, cabeça imóvel, fechando os olhos de vez em quando, à triste claridade da vela. Falou do guarda-comida vazio, das crianças que pediam pão, do café que faltava, da água que dava cólicas e dos longos dias passados a enganar a fome com folhas de couve cozidas. (...). .Etienne começa a trabalhar na Voeux. Ele permanece "cego" com o que está vendo. A mina é formada por diferentes andares. No total, a profundidade da mina era de quinhentos e cinqüenta e quatro metros. A exploração do trabalho era continua. As donas de casa desesperadas por não terem com o que alimentar seus filhos, vão até o senhor Maigrat, dono de um mercearia, pedirem mais crédito e pão. Voreux faz parte das treze minas que ficavam ao redor da região de Monstou. Aqui os operários não sabiam quem eram os donos, porém sabiam que o Sr. Hennebeau era o diretor geral da Voreux. Já o Sr. Grégoire era acionista e herdara do seu bisavô a mina Piolaine, sendo que seu primo, o Sr. Deneulin era o diretor desta. Estes três senhores estavam preocupados com as notícias da economia e da política, as quais estavam afetando seus negócios e com a provável greve que se anunciara.
Os operários eram multados se não fizessem um "bom" escoronamento. Os salários haviam sido diminuídos pela nova crise (América havia suspendido seus pedidos de ferro). Os operários, incentivados por Etienne começam a fazer o fundo de reserva, sendo que cada operário deve dar 20 soldos por mês de seu salário. Assim, eles decidem pela greve. Após uma delegação de operários foi ter com o Sr. Hennebeau, dispostos a colocarem suas situações de miséria e fome e pedir aumento de salários. Este coloca que a situação da Voeux não é boa. "Quase metade das sociedades carboníferas da França estão quebrando... O que vem a ser uma estupidez acusar de crueldade as que continuam abertas. Quando seus operários sofrem, elas também sofrem. Ou acredita que a companhia não tem a perder quanto vocês com a crise atual? Não é ela que determina o salário; está apenas obedecendo à concorrência, sob pena de ruína. Culpem os fatos, não a companhia. Mas vocês não querem ouvir, não querem compreender, essa é a verdade!" . A greve começa a se alastrar por toda a região. Os operários vão de mina em mina pedir que os "camaradas" se juntem na greve geral. Porém, a fome começa a ficar cada vez maior. O dinheiro da reserva só havia durado para dois dias de pão. Quatro mil francos haviam sido enviados de Londres pela Internacional, porém também só garantiu mais um ou dois dias de pão. A situação se agrava, pois a companhia ameaçava despedir e a contratar operários na Bélgica. Os operários se juntam numa reunião para decidir o futuro da greve. Alguns trabalhadores esfomeados queriam voltar ao trabalho, já outros preferiam continuar em greve e, se for preciso, morrerem pela causa. Os operários grevistas partem às minas que haviam sido ocupadas novamente. Chegando a cada uma destas minas, houve destruição de tudo que se podia ter a sua frente. Paravam as bombas de água, os elevadores, derrubavam as vagonetes. Os traidores eram vaiados pela multidão! O "Germinal", nos mostra a situação de miséria em que se encontravam os mineiros franceses; as relações entre os operários e as máquinas; entre capitalistas e operários; as greves e o sindicalismo; as necessidades humanas em contraste com as necessidades materiais.

RESUMO DO LIVRO: O PRÍNCIPE


RESUMO DO LIVRO: O PRÍNCIPE, de Maquiavel

O livro foi uma dedicação de Nicolau Maquiavel ao Príncipe de Florença Lorenzo de Médici. Na época, Florença estava vivendo uma situação caótica.

Capítulo I OS VÁRIOS TIOS DE ESTADO, E COMO SÃO INSTITUÍDOS

Existem 2 tipos de Estados as Repúblicas e os Principados. Os Principados são hereditários ou fundados recentemente.
As Repúblicas são conquistadas pela força ou sorte.

Capítulo II AS MONARQUIAS HEREDITÁRIAS

É mais fácil governar um Estado que seja por forma de Principado do que sob a forma de Monarquias Novas. Para que isso ocorra não se deve transgredir costumes e adaptar da melhor forma às situações difíceis.

Capítulo III AS MONARQUIAS MISTAS

A dificuldade encontrada é que o novo Estado não é totalmente novo, ou seja, o novo Coordenador terá dificuldades para instalar mudanças às pessoas que estavam no Estado anterior. Fará assim, inimigo e ñ poderá satisfazer todas as expectativas daqueles que o ajudaram a conquistar a nova monarquia. O pior é quando o conquistador do novo Estado possui leis, costumes e fala língua diferente dos conquistados pois, a dificuldade de comunicação é imensa. Para que o governo seja duradouro, é preciso que o conquistador resida na província conquistada. Outra solução é instalar 2 ou 3 colônias em lugares estratégicos para que os colonos vigiem o restante da população para o Rei. Esta última forma é mais eficaz, foi a fidelidade é maior.

Capítulo IV POR QUE O REINO DE DARIO, OCUPADO POR ALEXANDRE, NÃO SE REBELOU CONTRA OS SUCESSORES DESTE, APÓS SUA MORTE

No curso da história os reinos têm sido governados de duas formas: por um príncipe e seus assistentes, que, na qualidade de ministros, o ajudam a administrar o país, agindo por sua graça e licença; ou por um príncipe e vários barões, cuja posição não se explica por um mercê de soberano, mas pela antiguidade da própria linhagem.. Esses barões têm súditos e territórios, onde são reconhecidos como senhores, e aos quais estão ligados por laços de natural afeição. Nos Estados governados por um Príncipe e seus ministros, o monarca tem maior autoridade, pois em tais reinos ninguém é tido como superior. Se se obedece a alguém é porque se trata de um ministro ou funcionário do Príncipe, o q ñ inspira qualquer estima particular.

Capítulo V O MODO DE GOVERNAR AS CIDADES OU ESTADOS QUE ANTES DE CONQUISTADOS TINHAM SUAS PRÓPRIAS LEIS

Quando um monarca conquista um país que antes era vivido em liberdade, existem três formas de mantê-lo:
Pode-se arruína-lo, ir habitar na “terra” conquistada ou permitir que a população continue com suas próprias leis
            A cidade habituada à liberdade pode ser dominada mais facilmente por meio de seus cidadãos do q de qualquer outra forma, desde que se queira preserva-lo.

Capítulo VI OS NOVOS DOMÍNIOS CONQUISTADOS COM VALOR E COM AS PRÓPRIAS ARMAS

Os homens seguem quase sempre caminhos já percorridos por outrem, agindo por imitação ( o homem prudente escolherá sempre o caminho trilhado pelos grandes vultos, selecionando os mais destacados).
O indivíduo q se torna príncipe pressupõe ter grande valor ou boa sorte.. Contudo, os q têm sido menos afortunados se mantiveram melhor. Examinando nitidamente, veremos q nada deveram à sorte, a ñ ser oportunidade.
Um príncipe p/ executar suas obras pode pedir ajuda a outrem, ou impor-se pela força. Na 1° hipótese sempre se dão mal, e ñ chegam a parte alguma, mas quando dependem dos próprios meios apenas, e conseguem impor-se, raras vezes falham. Daí a razão pq todos os profetas armados vencem, e serem arruinados os desarmados.

Capítulo VII OS NOVOS DOMÍNIOS CONQUISTADOS C/ AS ARMAS ALHEIAS E BOA SORTE

Aqueles q se tornam príncipes exclusivamente pela sorte empregam nisso pouco trabalho, mas só a muito custo se mantêm na nova posição. Além disso, os Estados criados subitamente – como tudo o mais q na natureza nasce, cresce c/ rapidez – ñ podem ter raízes sólidas, profundas e ramificadas, de modo q a 1° tempestade o derruba.

Capítulo VIII OS Q C/ ATOS CRIMINOSOS CHEGARAM AO GOVERNO DE UM ESTADO

Há ainda duas maneiras de se tornar um príncipe. Consistem em tornar-se soberano por algum meio vil, ou criminoso, ou pelo favor dos concidadãos.
Ñ se pode, contudo, achar meritório o assassínio dos seus compatriotas, a traição dos amigos, a conduta s/ fé, piedade e religião; são métodos q podem conduzir ao poder, mas ñ à glória

Capítulo IX O GOVERNO CIVIL

Consideremos agora o caso do cidadão q se torna soberano ñ por meio do crime, ou da violência intolerável, mas pelo favor dos seus concidadãos: é o q se poderia chamar de governo-civil. Para atingir tal posição,  o cidadão ñ dependerá inteiramente do valor ou da sorte, mas da astúcia afortunada. Chega-se a ela c/ o apoio da opinião popular ou da aristocracia (p/ quem não sabe o q é essa última palavra, é a forma de organização social e política em q o governo é monopolizada pela classe da nobreza). Desses 2 interesses q se opõem, surge 1 de três conseqüências: o governo absoluto, a liberdade ou a desordem. Quem chega ap poder c/ a ajuda dos ricos tem maior dificuldade em manter-se no governo do q quem é apoiada pelo povo.
Por conseguinte, quem se tornar um príncipe pelo favor do povo deve manter sua estima – o q lhe será difícil, pois a única coisa q o povo pede é ñ ser oprimido.



Capítulo X COMO AVALIAR A FORÇA DOS ESTADOS

Ao examinar as qualidades dos principados, é necessário considerar se é tal a situação do príncipe q em caso de necessidade ele se pode manter por si, ou se precisa sempre do auxílio alheio. Quem fortificar bem sua cidade, e proceder c/ relação aos seus súditos como já indicamos, e indicaremos mais adiante, só c/ grande relutância será atacado, pois os homens nunca se inclinam a empreendimentos q prometem ser difíceis, e nunca parecerá fácil atacar aquele q tem sua cidade bem defendida, e ñ é odiado pelo povo.

Capítulo XI OS ESTADOS ECLESIÁSTICOS

Os Estados Eclesiásticos, conquistados c/ o mérito ou c a sorte, nem um nem outra são necessários p/ conserva-los, pois são sustentados por antigos costumes religiosos. Só esses príncipes podem ter Estados s/ defende-los e súditos s/ governa-los; e seus Estados, mesmo s/ ser defendidos, ñ lhe serão tomados
Obs: Maquiavel relata em seu livro a importância o Papa Alexandre VI:

“Dentre todos os que sentaram no trono de Pedro, melhor demonstrou o quanto um papa pode dominar pelo dinheiro e pela força.” Nicolau Maquiavel.

Capítulo XII OS DIFERENTES TIPOS DE MILÍCIA E DE TROPAS MERCENÁRIAS

A base principal de todos os Estados, sejam novos, antigos ou mistos, são boas leis e bons exércitos. E como ñ pode haver boas leis onde ñ há bons soldados, devendo haver boas leis quando os soldados são bons, ñ discutirei aqui as leis, mas sim as forças armadas.
As tropas c/ q um príncipe defende seus domínios podem ser próprias, mercenárias, auxiliares ou mistas. As mercenárias e auxiliares são prejudiciais e perigosas, o príncipe q defenda seus domínios c/ o apoio de mercenários nunca terá uma posição firme ou segura, pois são soldados desunidos, ambiciosos, sem disciplina e infiéis, ousados entre amigos, covardes perante os inimigos; ñ teme a Deus nem são leais aos homens. O motivo único e a afeição q os faz lutar é 1 salário modesto, q ñ é suficiente p/ faze-los morrer pelos soberanos. Uma república q ñ tenha exército próprio se submeterá mais facilmente ao domínio de 1 dos seus cidadãos do q uma república c/ armas mercenárias

Capítulo XIII Forças auxiliares, mistas e nacionais

As forças auxiliares, pedidas a um vizinho poderoso como ajuda para a defesa do Estado, são tão inúteis quanto as mercenárias. As tropas auxiliares podem ser em si mesmas eficazes, mas são sempre perigosas p/ os q delas se valem – se são vencidas, isto representa uma derrota; se vence, aprisionam quem as utiliza. Um príncipe prudente, por conseguinte, evitará sempre tais milícias, recorrendo a seus próprios soldados; preferirá ser derrotado c/ suas próprias tropas a vencer c/ tropas alheias. Em suma, as armas alheias nos sobrecarregam e limitam, quando ñ falham.



Capítulo XIV OS DEVERES DO PRÍNCIPE PARA C/ AS MILÍCIAS

Os príncipes, por conseguinte, ñ deveriam ter outro objetivo ou pensamento além da guerra, suas leis e sua disciplina, nem estudar qualquer outro assunto; pois esta é a única arte q se espera de quem comanda. Os príncipes quando se interessam mais pelas coisas amenas do q pelas armas, perdem seus domínios. Entre outros males, estar desarmado significa perder a consideração.

Capítulo XV AS RAZÕES PELAS AS QUAIS OS HOMENS, ESPECIALMNTE OS PRÍNCIPES, SÃO LOUVADOS OU VITUPERADOS.

Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o q faz está fadado a sofrer, entre tantos q ñ são bons. É necessário portanto, q o príncipe q deseja manter-se aprenda a agir s/ bondade, faculdade q usará ou ñ, em cada caso, conforme seja necessário. Contudo, ñ deverá se importar c/ a prática escandalosa daqueles vícios s/ os quias seria difícil salvar o Estado. Certas qualidade q parecem virtudes levam à ruína, e outras q parecem vícios trazem como resultado o aumento da segurança e do bem-estar.

Capítulo XVI A LIBERALIDADE E A PARCIMÔNIA

Não sendo possível ao soberano, praticar sem risco a liberalidade assim conhecida, o príncipe, para ser prudente, ñ deve se incomodar q o chamem de miserável.
De fato, a liberalidade é muito necessária para o príncipe que marcha à frnte do seu exército e vive do botim de guerra, do roubo e de resgates, pilhando a riqueza alheia, sem a qual deixaria de ser seguido pelas tropas.
Ora, dentre as ciosas q o príncipe precisa evitar, o mais importante é o ser desprezado ou odiado; e a liberalidade conduzirá a uma ou outra dessas condições.

Capítulo XVII A CRUELDADE E A CLEMÊNCIA. SE É PREFERÍVEL SER AMADO OU TEMIDO

Continuando o exame das outras qualidades mencionadas, todos os príncipes devem preferir ser considerados clementes, e ñ cruéis. O príncipe, portanto, ñ deve se incomodar c/ a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal
É ideal o príncpe ser amado e temido, porém, dentre os dois, é mais seguro ser temido, se for preciso optar. Não obstante, o príncipe deve fazer-se temer de modo q , mesmo q ñ ganhe o amor dos súditos, pelo menos evite seu ódio.

Capítulo XVIII A CONDUTA DOS PRÍNCIPES E A BOA FÉ

Os príncipes q tiveram pouco respeito pela palavra dada puderam c/ astúcia confundir a cabeça dos homens e chegaram a superar os q basearam sua conduta na lealdade.
Um príncipe prudente ñ deverá pois, agir com boa-fé quando, para faze-lo, precise agir contra seus interesses, e quando os motivos q o levaram a empenhar a palavra deixarem de existir.
Não é necessário q príncipe tenha: piedade, fé, integridade, humanidade e religião, porém, é fundamental q ele pareça possuir todas elas.


Capítulo XIX COMO SE PODE EVITAR O DESPREZO E O ÓDIO

O q mais contribuirá para fazer um príncipe odiado é, a conduta rapace, a usurpação dos bens e das mulheres dos súditos.
Os príncipes precisam se acautelar contra duas coisas: uma interna – seus súditos -; a outra, externa – as potências estrangeiras. Se um príncipe possui a estima do povo é impossível que alguém cometa a temeridade de conspirar

Capítulo XX A UTILIDADE DE CONSTRUIR FORTALEZAS, E DE OUTRAS MEDIDAS Q OS PRÍNCIPES ADOTAM C/ FREQUÊNCIA.

Jamais aconteceu q um príncipe novo chegasse ao poder e desarmasse seus súditos; ao contrário, estando eles desarmados, o príncipe sempre lhes dá armas, pois esses braços armados pertencerão ao monarca, os suspeitos se tornarão leais e os que já eram fiéis manterão sua fidelidade, e de simples súditos passarão a ser partidários do soberano.

Capítulo XXI COMO DEVER AGIR UM PRÍNCIPE PARA SER ESTIMADO

Nada faz com que um príncipe seja mais estimado do q os grandes empreendimentos e os exemplos q dá.
É muito útil também p/ o príncipe dar algum exemplo notável da sua grandeza no campo da admiração interna, como o q se conta a respeito de messer Barnabó de Milão. Quando acontece q algum cidadão faz algo extraordinário na vida política – algo de bom ou mau -, é preciso achar um meio de recompensa ou punição q seja amplamente comentado. Acima de tudo, um príncipe deve procurar em todas as suas ações conquistar fama de grandeza e excelência.
É também muito estimado o príncipe q age como verdadeiro amigo ou inimigo declarado; isto é, q se declara s/ reservas em favor d uns e contra outros, política q é sempre mais útil do q a da neutralidade.

Capítulo XXII OS MINISTROS DOS PRÍNCIPES

A 1° impressão q se tem de 1 governante e da sua inteligência é dada pelos homens q o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e de manter a fidelidade. Mas quando a situação é oposta pode-se sempre fazer dele mau juízo, pq seu 1° erro terá sido cometido ao escolher os assessores.
Há 3 tipos diferentes de mente: 1 compreende as coisas por si só, o 2° compreende as coisas demonstradas por outrem, o 3° nada consegue discernir, nem só nem c/ a ajuda dos outros.
Se 1 ministro peocupa-se consigo mesmo mais do q c/ o príncipe, nunca será 1 bom ministro. O príncipe por outro lado, para assegurar a fidelidade do ministro, deve pensar nele, honrando-o

Capítulo XXIII DE Q MODO ESCAPAR AOS ADULADORES

Ñ há outra forma de se defender contra adulações do q fazer as pessoas compreenderem q ñ há ofensa em falar a verdade; mas quando todos podem falar a verdade a alguém, perdem-lhe o respeito. O príncipe prudente adotará 1 3° caminho, escolhendo como conselheiros homens sábios, e dando-lhes inteira liberdade p/ falar a verdade, mas só quando interrogados.

Capítulo XXIV AS RAZÕES PQ OS PRÍNCIPES DA ITÁLIA PERDERAM SEUS DOMÍNIOS

Se considerarmos os senhores q perderam seus Estados na Itália de hoje, encontraremos um defeito comum no q se refere às forças armadas, ou sofriam de hostilidade por parte do povo. Sem tais defeitos, só se perde um Estado quando ñ se pode colocar 1 exército em campanha.

Capítulo XXV O PODER DA SORTE SOBRE O HOMEM E COMO RESISTIR-LHE

Para ñ descartar nosso livre-arbítrio, creio q se pode admitir q a sorte seja árbitra da metade de nossos atos, mas q nos permite o controle sobre a outra metade, aproximadamente.

Capítulo XXVI EXORTAÇÃO À LIBERTAÇÃO DA ITÁLIA, DOMINADA PELOS BÁRBAROS

Embora já tenhamos tido algum vislumbre de esperança, fazendo pensar q Deus teria enviado alguém p/ redimi-la, a sorte o derrubou no ponto culminante da sua carreira; agora, quase s/ vida, a Itália espera por quem lhe possa curar as feridas e ponha fim aos problemas. Ñ se vê neste momento, em quem mais ter esperança de q se ponha à frente da sua redenção senão na ilustre família Médici.
Com efeito, os italianos são superiormente aptos p/ os duelos e competições: têm vigor, destreza e inteligência. Mas quando se trata de exércitos de guerra, apresentam maus resultados; o q deriva diretamente da fraqueza dos seus líderes. É necessária antes de mais nada – como sólido fundamento genuíno de qualquer empresa – q prepare suas forças.

Proletariado

A palavra “trabalho” é proveniente do termo latino “tripalium” que designa um instrumento de tortura formado por três paus. O politicólogo e filósofo alemão Karl Marx, que fundou com Engels o marxismo, designou o trabalhador sob o termo proletário.
Karl Max entendia que a única riqueza que um trabalhador poderia possuir e multiplicar era sua prole (filhos), e no processo das primeiras Revoluções Industriais, os trabalhadores buscavam ter muitos filhos, pois seriam novos “braços trabalhadores” para o mercado de trabalho, daí o termo proletariado para designar massa de trabalhadores prontos para vender suas forças de trabalho.
O proletariado é antagônico à burguesia dentro do marxismo, é o que apenas possui a força de trabalho como propriedade. Mas, segundo Karl Marx, o proletariado produz algo a partir da natureza, enquanto que o trabalhador pode apenas oferecer algo já produzido, o que diferencia o significado entre ambos.
A grande compradora da mão-de-obra do proletário é a classe capitalista proprietária dos meios de produção, e jamais haveria conciliação entre as duas classes, o que gerou a luta entre classes e o sonho da construção de um mundo sem classes num estado comunista.
No livro “Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico”, Engels defende a tomada do poder pelos operários, criando a idéia de “Ditadura do Proletariado”. Para muitos críticos em História, a “Ditadura do Proletariado” ocorreu na construção do bloco socialista soviético, porém não se bastou em si como uma ditadura fiel ao operário, tendo em vista que a decisão de poder, que ficou nas mãos de uma pequena burocracia, , oprimia os operários que defendiam alternativas de governo mais próxima do idealizado por Marx e Engels.

Burguesia


No século XIII com o fim das Cruzadas  ocorreu uma grande alteração no quadro econômico europeu que resultou na abertura do Mar Mediterrâneo e no chamado Renascimento Urbano e Comercial; todas estas mudanças ajudaram a colocar um ponto final no já decadente sistema Feudalista.
Com as Cruzadas surgiram as primeiras rotas comerciais formadas pelos antigos cavaleiros que, ao retornarem a Europa, iam saqueando as cidades orientais e vendendo as mercadorias adquiridas (jóias, tecidos, temperos, etc) pelo caminho. Durante esse período, estes mesmos mercadores, como forma de proteção, começam a construir cidades protegidas por muralhas, conhecidas como burgos. Os burgos abrigavam também os camponeses, que com a decadência do feudalismo e conseqüente perda de poder dos senhores feudais, deixam os feudos e buscam refúgio nestas fortalezas. Originalmente o termo burguês  era usado para se referir a estas pessoas que residiam nos burgos, mas aos poucos, o termo passou a ser usado para designar toda um grupo que começava a se estabelecer como força econômica, a transformar os meios de produção e que se dedicava às atividades comerciais com o objetivo de lucro; prática que por muito tempo foi condenada pala Igreja Católica, a maior potência da época, e vista como desonesta pela maioria das culturas e civilizações do ponto de vista ético.
Nos séculos XVII e XVIII a burguesia teve grande importância no declínio do sistema absolutista apoiando diversas revoluções, que ficariam conhecidas como revoluções burguesas, como, por exemplo, a Revolução Inglesa e aRevolução Francesa, deixando assim, o caminho livre para a expansão do capitalismo e para a propagação da “filosofia burguesa”, da qual se originaram os conceitos de livre comércio, liberdade pessoal, direitos religiosos e civis.
  Conforme o comércio e a economia se expandiam, crescia também o poder e o domínio desta classe, fato que foi consolidado com a Revolução Industrial no século XVIII; a partir deste ponto o capitalismo industrial se afirma como sistema econômico mundial e a divisão da sociedade entre burguesia e proletariado se torna ainda mais evidente.
Para os seguidores do marxismo, a evolução da sociedade nada mais é do que a eterna luta de classes alimentada por interesses opostos e irreconciliáveis. Durante toda a história da humanidade existiu e continuará existindo a classe dominante e a classe dominada; a burguesia apenas veio substituir uma classe decadente, a dos senhores feudais, assim como o capitalismo veio substituir um sistema também decadente e que já não mais conseguia suprir as necessidades produtivas de sua época, o feudalismo.

Revolução Francesa


Contexto Histórico: A França no século XVIII 
A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime. O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à guilhotina.
A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero, estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado (trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor, desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.
A Revolução Francesa (14/07/1789)

A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.
O lema dos revolucionários era " Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793.O clero também não saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de  agosto de 1789, a Assembléia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
Girondinos e Jacobinos
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Por outro lado, os jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no governo. Liderados por Robespierre e Saint-Just, os jacobinos eram radicais e defendiam também profundas mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
A Fase do Terror 
Robespierre Maximilien de Robespierre: defesa de mudanças radicais

Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organização as guardas nacionais. Estas, recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.
A burguesia no poder
 Napoleão Bonaparte: implantação do governo burguês 

Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França. Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder, após o Golpe de 18 de Brumário (9 de novembro de 1799) com o objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês. Napoleão assumi o cargo de primeiro-cônsul da França, instaurando uma ditadura.
Conclusão
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com seus ideais iluministas, a independência  de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.

O Império Napoleônico



O império foi proclamado a 18 de maio de 1804, mas a sua preparação é feita no período do Consulado, primeiramente compartilhado e limitado, depois vitalício (1802). A subida ao poder de Napoleão Bonaparte deve-se à necessidade de um salvador da pátria, alguém capaz de manter a ordem das conquistas burguesas e, ao mesmo tempo, a ordem restauradora da soberania popular.
É no contexto da ascensão ao poder de Napoleão Bonaparte que a Constituição do Ano XII proclama que «O Governo da República está confiado a um imperador, que toma o título de Imperador dos Franceses (...) a dignidade imperial é hereditária na descendência direta, natural e legítima de Napoleão Bonaparte, por linha masculina». Tal parecia não ser o fim da república pois a mesma Constituição impunha ao Imperador um juramento segundo o qual manteria e respeitaria a República. Contudo, a evolução será na direção das ideias reacionárias e na perda de força da energia reformadora. A expansão do império, na procura de uma grandeza à semelhança de Roma, foi gorada pelos sucessivos movimentos nacionalistas. Após o fracasso na Rússia, em 1812, e de sucessivas derrotas, Napoleão vê-se forçado a abdicar em 1814 (6 de abril) ante a pressão da burguesia dirigente. Ainda retorna mas é definitivamente derrotado em Waterloo (junho de 1815), sendo desterrado para Santa Helena. Napoleão, apesar de tudo, criou condições para o desenvolvimento do capitalismo: o direito do Estado às riquezas do solo e a constituição de sociedades anónimas. Exteriormente significou o início decisivo da queda das estruturas feudais, espalhando os ideais da Revolução Francesa de 1789.

Independência dos Estados Unidos






No século XVIII, observamos o processo de crise das monarquias absolutistas, sinalizando o fim de um período chamado pelos liberais de Antigo Regime. Combatendo os princípios religiosos, filosóficos e políticos que fundamentavam a definição de um poder centralizado e a manutenção de certas práticas feudais, as revoluções burguesas sinalizavam a criação de uma nova forma de poder estabelecido.

De acordo com a historiografia, a primeira experiência revolucionária a defender as ideias iluministas e reivindicar o fim da opressão monárquica, ocorreu no território das Treze Colônias inglesas. De posse da Coroa Britânica, as Treze Colônias desenvolveram certas peculiaridades econômicas, políticas e culturais. Sem contar com um modelo homogêneo de exploração colonial, os habitantes dessa região tinham uma relação diferente com sua metrópole.

Conhecida como “negligência salutar”, a liberdade concedida pelo governo britânico aos colonos norte-americanos foi responsável pelo florescimento de um espírito autônomo e a consolidação de diferentes formas de exploração do território. Ao sul, a economia baseada na plantation de exportação sustentada pelo trabalho escravo fazia contraste com as pequenas propriedades e as atividades comerciais empreendidas pelos colonos do norte.

Ao longo do século XVII, o envolvimento da Inglaterra em guerras pela Europa tornou-se um dos grandes fatores explicativos de toda liberdade política e econômica concedida às Treze Colônias. Entre os conflitos em que a Inglaterra se envolveu, a Guerra dos Sete Anos (1756 – 1763) foi responsável pelo esvaziamento dos cofres públicos do país. Buscando sanar suas contas, a Inglaterra resolveu enrijecer suas relações com as colônias.

Em 1764, a chamada Lei do Açúcar obrigava os colonos a pagar uma taxa adicional sob qualquer carregamento de açúcar que não pertencesse às colônias britânicas. Com tal exigência, a autonomia econômica dos colonos começava a ser ameaçada. No ano seguinte, a Lei do Selo exigia a compra de um selo presente em todos os documentos que circulassem pelo território. Já em 1773, a Lei do Chá obrigava a colônia a consumir somente o chá oriundo das embarcações britânicas.

Inconformados com tais desmandos e inspirados pelos escritos dos pensadores John Locke e Thomas Paine – francos opositores da dominação colonial – os colonos norte-americanos começaram a se opor à presença britânica nas Treze Colônias. Em dezembro de 1773, organizaram uma revolta contra o monopólio do chá que ficou conhecida como Boston Tea Party. Intransigente aos protestos coloniais, a Inglaterra decidiu fechar o porto de Boston (local da revolta) e impor as chamadas Leis Intoleráveis.
No ano seguinte, reunidos no Primeiro Congresso da Filadélfia, os colonos redigiram um documento exigindo o fim das exigências metropolitanas. No Segundo Congresso da Filadélfia, ocorrido em 4 de julho de 1776, os colonos resolveram romper definitivamente com a Inglaterra, proclamando a sua Independência.

Não reconhecendo as resoluções do Congresso da Filadélfia, a Inglaterra entrou em conflito contras as 13 colônias. Esses confrontos marcaram a chamada Guerra de Independência das Treze colônias. Apoiados pelos franceses, inimigos históricos da Inglaterra, as Treze Colônias venceram a guerra, tendo sua independência reconhecida em 1783.

Adotando um sistema político republicano e federalista, os Estados Unidos promulgaram sua carta constitucional em 1787. Os ideais de liberdade e prosperidade defendidos pelos fundadores da república norte-americana não refletiam a situação dispares dos estados do Norte e do Sul. Tais diferenças acabaram por promover um conflito interno, que ficou conhecido como Guerra de Secessão.

Socialismo,comunismo e anarquismo

Socialismo,comunismo e anarquismo


O que é o socialismo? o ponto de vista político e econômico, o comunismo seria a etapa final de um sistema que visa a igualdade social e a passagem do poder político e econômico para as mãos da classe trabalhadora. Para atingir este estágio, deveria-se passar pelo socialismo, uma fase de transição onde o poder estaria nas mãos de uma burocracia, que organizaria a sociedade rumo à igualdade plena, onde os trabalhadores seriam os dirigentes e o Estado não existiria.

O comunismo: pode ser definido como uma doutrina ou ideologia (propostas sociais, políticas e econômicas) que visa a criação de uma sociedade sem classes sociais. De acordo com esta ideologia, os meios de produção (fábricas, fazendas, minas, etc) deixariam de ser privados, tornando-se públicos. No campo político, a ideologia comunista defende a ausência do Estado.As idéias do sistema comunista estão presentes na obra "O Capital" de Karl Marx. Nesta, o filósofo alemão propõe a tomada de poder pelos proletários (operários das fábricas) e a adoção de uma economia de forma planejada para acabar com as desigualdades sociais, suprindo, desta forma, todas as necessidades das pessoas. Outra obra importante, que apresenta esta ideologia, é "O Manifesto do Partido Comunista" de Marx e EngelsO grande marco histórico do comunismo foi a Revolução Russa de 1917. Podemos citar também, neste contexto, a Revolução Cubana que ocorreu em 1 de janeiro de 1959.Outros importantes teóricos do comunismo foram: Rosa Luxemburgo, Antônio Gramsci e Vladimir Lênin.


Anarquismo: pode ser definido como uma doutrina (conjunto de princípios políticos, sociais e culturais) que defende o fim de qualquer forma de autoridade e dominação (política, econômica, social e religiosa). Em resumo, os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade total, porém responsável.O anarquismo é contrário a existência de governo, polícia, casamento, escola tradicional e qualquer tipo de instituição que envolva relação de autoridade. Defendem também o fim do sistema capitalista, da propriedade privada e do Estado.Os anarquistas defendem uma sociedade baseada na liberdade dos indivíduos, solidariedade (apoio mútuo), coexistência harmoniosa, propriedade coletiva, autodisciplina, responsabilidade (individual e coletiva) e forma de governo baseada na autogestão.O movimento anarquista surgiu na metade do século XIX. Podemos dizer que um dos principais idealizadores do anarquismo foi o teórico Pierre-Joseph Proudhon, que escreveu a obra "Que é a propriedade?" (1840).