RESUMO DO LIVRO: O PRÍNCIPE, de Maquiavel
O livro foi
uma dedicação de Nicolau Maquiavel ao Príncipe de Florença Lorenzo de Médici.
Na época, Florença estava vivendo uma situação caótica.
Capítulo I OS VÁRIOS TIOS DE ESTADO, E COMO SÃO INSTITUÍDOS
Existem 2
tipos de Estados as Repúblicas e os Principados. Os Principados são
hereditários ou fundados recentemente.
As Repúblicas são conquistadas
pela força ou sorte.
Capítulo II AS MONARQUIAS HEREDITÁRIAS
É mais fácil
governar um Estado que seja por forma de Principado do que sob a forma de
Monarquias Novas. Para que isso ocorra não se deve transgredir costumes e
adaptar da melhor forma às situações difíceis.
Capítulo III AS MONARQUIAS MISTAS
A dificuldade
encontrada é que o novo Estado não é totalmente novo, ou seja, o novo
Coordenador terá dificuldades para instalar mudanças às pessoas que estavam no
Estado anterior. Fará assim, inimigo e ñ poderá satisfazer todas as
expectativas daqueles que o ajudaram a conquistar a nova monarquia. O pior é
quando o conquistador do novo Estado possui leis, costumes e fala língua
diferente dos conquistados pois, a dificuldade de comunicação é imensa. Para
que o governo seja duradouro, é preciso que o conquistador resida na província
conquistada. Outra solução é instalar 2 ou 3 colônias em lugares estratégicos
para que os colonos vigiem o restante da população para o Rei. Esta última
forma é mais eficaz, foi a fidelidade é maior.
Capítulo IV POR QUE O REINO DE DARIO, OCUPADO POR ALEXANDRE, NÃO SE
REBELOU CONTRA OS SUCESSORES DESTE, APÓS SUA MORTE
No curso da
história os reinos têm sido governados de duas formas: por um príncipe e seus
assistentes, que, na qualidade de ministros, o ajudam a administrar o país,
agindo por sua graça e licença; ou por um príncipe e vários barões, cuja
posição não se explica por um mercê de soberano, mas pela antiguidade da
própria linhagem.. Esses barões têm súditos e territórios, onde são
reconhecidos como senhores, e aos quais estão ligados por laços de natural
afeição. Nos Estados governados por um Príncipe e seus ministros, o monarca tem
maior autoridade, pois em tais reinos ninguém é tido como superior. Se se
obedece a alguém é porque se trata de um ministro ou funcionário do Príncipe, o
q ñ inspira qualquer estima particular.
Capítulo V O MODO DE GOVERNAR AS CIDADES OU ESTADOS QUE ANTES DE
CONQUISTADOS TINHAM SUAS PRÓPRIAS LEIS
Quando um
monarca conquista um país que antes era vivido em liberdade, existem três
formas de mantê-lo:
Pode-se
arruína-lo, ir habitar na “terra” conquistada ou permitir que a população
continue com suas próprias leis
A
cidade habituada à liberdade pode ser dominada mais facilmente por meio de seus
cidadãos do q de qualquer outra forma, desde que se queira preserva-lo.
Capítulo VI OS NOVOS DOMÍNIOS CONQUISTADOS COM VALOR E COM AS PRÓPRIAS
ARMAS
Os homens
seguem quase sempre caminhos já percorridos por outrem, agindo por imitação ( o
homem prudente escolherá sempre o caminho trilhado pelos grandes vultos,
selecionando os mais destacados).
O indivíduo q
se torna príncipe pressupõe ter grande valor ou boa sorte.. Contudo, os q têm
sido menos afortunados se mantiveram melhor. Examinando nitidamente, veremos q
nada deveram à sorte, a ñ ser oportunidade.
Um príncipe p/
executar suas obras pode pedir ajuda a outrem, ou impor-se pela força. Na 1°
hipótese sempre se dão mal, e ñ chegam a parte alguma, mas quando dependem dos
próprios meios apenas, e conseguem impor-se, raras vezes falham. Daí a razão pq
todos os profetas armados vencem, e serem arruinados os desarmados.
Capítulo VII OS NOVOS DOMÍNIOS CONQUISTADOS C/ AS ARMAS ALHEIAS E BOA
SORTE
Aqueles q se
tornam príncipes exclusivamente pela sorte empregam nisso pouco trabalho, mas
só a muito custo se mantêm na nova posição. Além disso, os Estados criados
subitamente – como tudo o mais q na natureza nasce, cresce c/ rapidez – ñ podem
ter raízes sólidas, profundas e ramificadas, de modo q a 1° tempestade o
derruba.
Capítulo VIII OS Q C/ ATOS CRIMINOSOS CHEGARAM AO GOVERNO DE UM ESTADO
Há ainda duas
maneiras de se tornar um príncipe. Consistem em tornar-se soberano por algum
meio vil, ou criminoso, ou pelo favor dos concidadãos.
Ñ se pode,
contudo, achar meritório o assassínio dos seus compatriotas, a traição dos
amigos, a conduta s/ fé, piedade e religião; são métodos q podem conduzir ao
poder, mas ñ à glória
Capítulo IX O GOVERNO CIVIL
Consideremos
agora o caso do cidadão q se torna soberano ñ por meio do crime, ou da
violência intolerável, mas pelo favor dos seus concidadãos: é o q se poderia
chamar de governo-civil. Para atingir tal posição, o cidadão ñ dependerá inteiramente do valor
ou da sorte, mas da astúcia afortunada. Chega-se a ela c/ o apoio da opinião
popular ou da aristocracia (p/ quem não sabe o q é essa última palavra, é a
forma de organização social e política em q o governo é monopolizada pela
classe da nobreza). Desses 2 interesses q se opõem, surge 1 de três
conseqüências: o governo absoluto, a liberdade ou a desordem. Quem chega ap
poder c/ a ajuda dos ricos tem maior dificuldade em manter-se no governo do q
quem é apoiada pelo povo.
Por conseguinte, quem se tornar
um príncipe pelo favor do povo deve manter sua estima – o q lhe será difícil,
pois a única coisa q o povo pede é ñ ser oprimido.
Capítulo X COMO AVALIAR A FORÇA DOS ESTADOS
Ao examinar as
qualidades dos principados, é necessário considerar se é tal a situação do
príncipe q em caso de necessidade ele se pode manter por si, ou se precisa
sempre do auxílio alheio. Quem fortificar bem sua cidade, e proceder c/ relação
aos seus súditos como já indicamos, e indicaremos mais adiante, só c/ grande
relutância será atacado, pois os homens nunca se inclinam a empreendimentos q
prometem ser difíceis, e nunca parecerá fácil atacar aquele q tem sua cidade
bem defendida, e ñ é odiado pelo povo.
Capítulo XI OS ESTADOS ECLESIÁSTICOS
Os Estados Eclesiásticos,
conquistados c/ o mérito ou c a sorte, nem um nem outra são necessários p/
conserva-los, pois são sustentados por antigos costumes religiosos. Só esses
príncipes podem ter Estados s/ defende-los e súditos s/ governa-los; e seus
Estados, mesmo s/ ser defendidos, ñ lhe serão tomados
Obs: Maquiavel relata em seu
livro a importância o Papa Alexandre VI:
“Dentre todos os que sentaram no trono de
Pedro, melhor demonstrou o quanto um papa pode dominar pelo dinheiro e pela
força.” Nicolau Maquiavel.
Capítulo XII OS DIFERENTES TIPOS DE MILÍCIA E
DE TROPAS MERCENÁRIAS
A base principal de todos os Estados, sejam novos, antigos
ou mistos, são boas leis e bons exércitos. E como ñ pode haver boas leis onde ñ
há bons soldados, devendo haver boas leis quando os soldados são bons, ñ
discutirei aqui as leis, mas sim as forças armadas.
As tropas c/ q um príncipe defende seus domínios podem ser
próprias, mercenárias, auxiliares ou mistas. As mercenárias e auxiliares são prejudiciais
e perigosas, o príncipe q defenda seus domínios c/ o apoio de mercenários nunca
terá uma posição firme ou segura, pois são soldados desunidos, ambiciosos, sem
disciplina e infiéis, ousados entre amigos, covardes perante os inimigos; ñ
teme a Deus nem são leais aos homens. O motivo único e a afeição q os faz lutar
é 1 salário modesto, q ñ é suficiente p/ faze-los morrer pelos soberanos. Uma
república q ñ tenha exército próprio se submeterá mais facilmente ao domínio de
1 dos seus cidadãos do q uma república c/ armas mercenárias
Capítulo XIII Forças auxiliares, mistas e
nacionais
As forças auxiliares, pedidas a um vizinho poderoso como
ajuda para a defesa do Estado, são tão inúteis quanto as mercenárias. As tropas
auxiliares podem ser em si mesmas eficazes, mas são sempre perigosas p/ os q
delas se valem – se são vencidas, isto representa uma derrota; se vence,
aprisionam quem as utiliza. Um príncipe prudente, por conseguinte, evitará
sempre tais milícias, recorrendo a seus próprios soldados; preferirá ser
derrotado c/ suas próprias tropas a vencer c/ tropas alheias. Em suma, as armas
alheias nos sobrecarregam e limitam, quando ñ falham.
Capítulo XIV OS DEVERES DO PRÍNCIPE PARA C/
AS MILÍCIAS
Os príncipes, por conseguinte, ñ deveriam ter outro objetivo
ou pensamento além da guerra, suas leis e sua disciplina, nem estudar qualquer
outro assunto; pois esta é a única arte q se espera de quem comanda. Os
príncipes quando se interessam mais pelas coisas amenas do q pelas armas,
perdem seus domínios. Entre outros males, estar desarmado significa perder a
consideração.
Capítulo XV AS RAZÕES PELAS AS QUAIS OS
HOMENS, ESPECIALMNTE OS PRÍNCIPES, SÃO LOUVADOS OU VITUPERADOS.
Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o q faz está
fadado a sofrer, entre tantos q ñ são bons. É necessário portanto, q o príncipe
q deseja manter-se aprenda a agir s/ bondade, faculdade q usará ou ñ, em cada
caso, conforme seja necessário. Contudo, ñ deverá se importar c/ a prática
escandalosa daqueles vícios s/ os quias seria difícil salvar o Estado. Certas
qualidade q parecem virtudes levam à ruína, e outras q parecem vícios trazem
como resultado o aumento da segurança e do bem-estar.
Capítulo XVI A LIBERALIDADE E A PARCIMÔNIA
Não sendo possível ao soberano, praticar sem risco a
liberalidade assim conhecida, o príncipe, para ser prudente, ñ deve se
incomodar q o chamem de miserável.
De
fato, a liberalidade é muito necessária para o príncipe que marcha à frnte do
seu exército e vive do botim de guerra, do roubo e de resgates, pilhando a
riqueza alheia, sem a qual deixaria de ser seguido pelas tropas.
Ora,
dentre as ciosas q o príncipe precisa evitar, o mais importante é o ser
desprezado ou odiado; e a liberalidade conduzirá a uma ou outra dessas
condições.
Capítulo XVII A CRUELDADE E A CLEMÊNCIA. SE É
PREFERÍVEL SER AMADO OU TEMIDO
Continuando o exame das outras qualidades mencionadas,
todos os príncipes devem preferir ser considerados clementes, e ñ cruéis. O
príncipe, portanto, ñ deve se incomodar c/ a reputação de cruel, se seu
propósito é manter o povo unido e leal
É ideal
o príncpe ser amado e temido, porém, dentre os dois, é mais seguro ser temido,
se for preciso optar. Não obstante, o príncipe deve fazer-se temer de modo q ,
mesmo q ñ ganhe o amor dos súditos, pelo menos evite seu ódio.
Capítulo XVIII A CONDUTA DOS PRÍNCIPES E A
BOA FÉ
Os príncipes q tiveram pouco respeito pela palavra dada
puderam c/ astúcia confundir a cabeça dos homens e chegaram a superar os q
basearam sua conduta na lealdade.
Um príncipe prudente ñ deverá pois, agir com boa-fé quando,
para faze-lo, precise agir contra seus interesses, e quando os motivos q o
levaram a empenhar a palavra deixarem de existir.
Não é necessário q príncipe tenha: piedade, fé,
integridade, humanidade e religião, porém, é fundamental q ele pareça possuir
todas elas.
Capítulo XIX COMO SE PODE EVITAR O DESPREZO E
O ÓDIO
O q mais contribuirá para fazer um príncipe odiado é, a
conduta rapace, a usurpação dos bens e das mulheres dos súditos.
Os príncipes precisam se acautelar contra duas coisas: uma
interna – seus súditos -; a outra, externa – as potências estrangeiras. Se um
príncipe possui a estima do povo é impossível que alguém cometa a temeridade de
conspirar
Capítulo XX A UTILIDADE DE CONSTRUIR
FORTALEZAS, E DE OUTRAS MEDIDAS Q OS PRÍNCIPES ADOTAM C/ FREQUÊNCIA.
Jamais aconteceu q um príncipe novo chegasse ao poder e desarmasse
seus súditos; ao contrário, estando eles desarmados, o príncipe sempre lhes dá
armas, pois esses braços armados pertencerão ao monarca, os suspeitos se
tornarão leais e os que já eram fiéis manterão sua fidelidade, e de simples
súditos passarão a ser partidários do soberano.
Capítulo XXI COMO DEVER AGIR UM PRÍNCIPE PARA
SER ESTIMADO
Nada faz com que um príncipe seja mais estimado do q os
grandes empreendimentos e os exemplos q dá.
É muito
útil também p/ o príncipe dar algum exemplo notável da sua grandeza no campo da
admiração interna, como o q se conta a respeito de messer Barnabó de Milão. Quando acontece q algum cidadão faz algo
extraordinário na vida política – algo de bom ou mau -, é preciso achar um meio
de recompensa ou punição q seja amplamente comentado. Acima de tudo, um
príncipe deve procurar em todas as suas ações conquistar fama de grandeza e
excelência.
É
também muito estimado o príncipe q age como verdadeiro amigo ou inimigo
declarado; isto é, q se declara s/ reservas em favor d uns e contra outros,
política q é sempre mais útil do q a da neutralidade.
Capítulo XXII OS MINISTROS DOS PRÍNCIPES
A 1° impressão q se tem de 1 governante e da sua
inteligência é dada pelos homens q o cercam. Quando estes são eficientes e
fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer
a capacidade e de manter a fidelidade. Mas quando a situação é oposta pode-se
sempre fazer dele mau juízo, pq seu 1° erro terá sido cometido ao escolher os
assessores.
Há 3
tipos diferentes de mente: 1 compreende as coisas por si só, o 2° compreende as
coisas demonstradas por outrem, o 3° nada consegue discernir, nem só nem c/ a
ajuda dos outros.
Se 1
ministro peocupa-se consigo mesmo mais do q c/ o príncipe, nunca será 1 bom
ministro. O príncipe por outro lado, para assegurar a fidelidade do ministro,
deve pensar nele, honrando-o
Capítulo XXIII DE Q MODO ESCAPAR AOS
ADULADORES
Ñ há outra forma de se defender contra adulações do q fazer
as pessoas compreenderem q ñ há ofensa em falar a verdade; mas quando todos
podem falar a verdade a alguém, perdem-lhe o respeito. O príncipe prudente
adotará 1 3° caminho, escolhendo como conselheiros homens sábios, e dando-lhes
inteira liberdade p/ falar a verdade, mas só quando interrogados.
Capítulo XXIV AS RAZÕES PQ OS PRÍNCIPES DA
ITÁLIA PERDERAM SEUS DOMÍNIOS
Se considerarmos os senhores q perderam seus Estados na
Itália de hoje, encontraremos um defeito comum no q se refere às forças
armadas, ou sofriam de hostilidade por parte do povo. Sem tais defeitos, só se
perde um Estado quando ñ se pode colocar 1 exército em campanha.
Capítulo XXV O PODER DA SORTE SOBRE O HOMEM E
COMO RESISTIR-LHE
Para ñ descartar nosso livre-arbítrio, creio q se pode
admitir q a sorte seja árbitra da metade de nossos atos, mas q nos permite o
controle sobre a outra metade, aproximadamente.
Capítulo XXVI EXORTAÇÃO À LIBERTAÇÃO DA
ITÁLIA, DOMINADA PELOS BÁRBAROS
Embora já tenhamos tido algum vislumbre de esperança,
fazendo pensar q Deus teria enviado alguém p/ redimi-la, a sorte o derrubou no
ponto culminante da sua carreira; agora, quase s/ vida, a Itália espera por
quem lhe possa curar as feridas e ponha fim aos problemas. Ñ se vê neste
momento, em quem mais ter esperança de q se ponha à frente da sua redenção
senão na ilustre família Médici.
Com
efeito, os italianos são superiormente aptos p/ os duelos e competições: têm
vigor, destreza e inteligência. Mas quando se trata de exércitos de guerra,
apresentam maus resultados; o q deriva diretamente da fraqueza dos seus
líderes. É necessária antes de mais nada – como sólido fundamento genuíno de
qualquer empresa – q prepare suas forças.